terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Amor Incondicional

No Amor Incondicional não cabe qualquer tipo de submissão, pois é a prática sublime do livre-arbítrio. É o respeito pelo planeta e por todos os seres, não pelo que são na sua manifestação social ou em função da idade que têm, mas sim da sua essência, independentemente da tarefa que desempenham... que é apenas um meio de aprendizagem!

O Amor Incondicional é um atributo do Ser no seu mais alto nível. É uma questão de vibração. Ou se vibra nesse comprimento de onda ou não se vibra. (Kryon)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O adeus necessário

         Relembro que assisti um filme e fiquei encantada com a cena que a protagonista lançava uma valiosíssima jóia ao mar. Aquilo sim era um adeus necessário; um adeus para ficar em paz. Saí do cinema pensando se precisava e do que precisava me desapegar. Aquela idéia de desapego como fechamento de um ciclo ou rompimento com o que nos incomoda me impreguinou de forma tão forte que comecei a praticar o desapego.  
Comecei observando minha casa, como guardava livros, revistas e papéis. Procurei identificar a real necessidade de guardar aquilo tudo. No geral, fui identificando o que tinha e era inútil, portanto não precisava ter. O que não tinha e era útil, portanto era preciso decidir se queria ter. Ter ou não ter passou a ser a questão. Tinha livros demais. Revistas guardadas para um dia ler novamente. Papéis guardados por puro vicio e muita energia parada. Então fui iniciando o processo desapego.  Fácil? Não!.
 Fiz do desapego uma política de substituição das coisas que não estavam tendo utilidade por coisas úteis.  Era hora de dar mais uma observada pela casa. A busca ao tesouro perdido Buscas, buscas... Parecia não ter mais nada. De repente! É isso! O tesouro perdido: ouro.  Mais uma vez: Ação! Pesei tudo e vendi. Bom, vendi e paguei  parte da reforma do apartamento. Com isso, aprendi  que ter é diferente de só guardar.
Nessas experiências fui me permitindo, discretamente, bisbilhotar um pouco como as pessoas reagem ao assunto desapego. Uma senhora de 83 anos me falou: “...no meu tempo tudo era marcado. Lembro inclusive de uns panos de prato que tenho até hoje guardado. São lindos com as nossas iniciais bordadas. Ah! Ta tudo naquelas caixas”. Como se não acreditasse perguntei “A senhora tem os panos de pratos de seu enxoval? Mas isso faz mais de cinqüenta anos! E a senhora não usou?”  Ela respondeu” Não! Eles eram tão bonitos que eu ia usando outros e .... Eu até já pensei em doar mas, depois desisti.” Das informações captadas naquele momento percebi que aquela senhora estava ali na minha frente, confirmando que só precisamos ter o que realmente precisamos ter. O que é preciso é sim, ter o prazer de ter coisas úteis.  
E isso é uma escolha o que nos exige, inclusive, aprender dizer adeus.
Pense comigo*
Sobre o tempo.
De tanto ouvir as pessoas dizerem “Não tenho tempo”; passei a observar mais detalhadamente como ‘gastamos’ o tempo. Uma observação aqui, outra ali – em casa, na rua, nas lojas, no trabalho. Observar “pessoas sem tempo” é uma aula e tanto desde que estejamos disponíveis para ouvir, aprender, analisar... Essas coisas que, com certeza, exigem tempo.
Bom... fui concluindo... as pessoas na rua, por exemplo, não têm tempo para cumprimentos tipo “Oi, que bom que te encontrei...”, Não! Nem pensar. Esses são gestos de um tempo passado quando as pessoas tinham tempo. Hoje, viver o hoje com o perfil de “antenado” é não ter tempo. Ter tempo é sinônimo de desocupado; o que ninguém quer ser. Afinal vivemos num mundo com muito mais opções de coisas para fazermos.
Daí a pergunta que não quer calar “o que nos mantém tão ocupados?” Bom,  toda evolução tecnológica que teoricamente tinha o objetivo de facilitar nossas vidas;  para sobrar tempo, na prática, consome quase todo nosso tempo. Então não temos, não queremos, não precisamos ter ou somos induzidos a não termos tempo? Pensemos: Não temos tempo para as outras coisas porque, por exemplo,  precisamos acessar nossa caixa de mensagem. Isso é prioridade. Ta ligado?!. Você descobre que aquela amiga que você não ver há muito tempo porque ambas não têm tempo, encontrou tempo para ler as ultimas 22 mensagens que recebeu e lhe enviou todas para que assim você saiba que ela se lembra de você. Ela só não tem tempo para você. Por isso mandou inclusive aquela mensagem que não tem nada a ver. E agora você tem que encontrar tempo para ler todas (ela assinalou a opção para confirmar leitura). Depois de lidas você deleta e  nesse estágio a caixa de entrada ta vazia e você também. Houve uma comunicação que não comunicou e você se sentiu culpada de quebrar aquela corrente. Aquela que algo maravilhoso iria acontecer tal hora, ou seja, com tempo marcado. Iria...
Ah! Acabou meu tempo...
E você acaba de me dedicar alguns minutos do seu tempo....obrigada!

Pense comigo. Concorde, ou não. Se concordar, estaremos fortalecendo idéias. Se não, diga-me em que discordas e eu, se tive a pretensão de ensinar; aprenderei. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

APRENDI COM AS BORBOLETAS

(Victtoria Rossini)
Quando todos pensam
Que a lagarta feia morreu
Ressurjo esplendorosa
E vou pra onde
Eles jamais sonharam voar...
Então não me subestime!
E nunca pense que conhece o meu destino...
Assim já decepcionei muita gente.
Meu verdadeiro caminho
Nem eu conheço totalmente
Apenas vôo
Cumprindo a obrigação da minha vida:
Me levar adiante!
Sempre além...
Sempre acima...
Sempre melhor...
Isso aprendi com as borboletas!

postado no  blog:
http://masesoares.blogspot.com/

terça-feira, 21 de junho de 2011

Maria Zil

Hoje (20/06/11), ao acordar, a condição humana me levou a fazer uma retrospectiva sobre a convivência que tive até ontem com MARIA ZILDETE NUNES AIRES. A convivência com Maria Zil teve, como em qualquer outro processo de conhecimento, seus momentos difíceis. Sim, difíceis. Sabíamos dos nossos “gênios fortes” e fomos aos poucos admitindo nossas diferenças e assim fortalecendo nossa amizade. Gostávamos de muitas coisas em comum. Ah! Perdi minha companheira de ver o dia nascer, pelo simples fato de ver o dia nascer. Outro exemplo era simplesmente comemorarmos até não termos nada pra comemorar. E nesses dias conseguíamos rir de nós mesmas dizendo coisas como “... ainda bem! senão era uma festa só... e não teria graça...”. Como todos que conheceram o chalé de Zildete sabem, qualquer data comemorativa servia, lógico, pra comemoração e, quando não tínhamos nada pra comemorar oficialmente ...dizíamos simplesmente “...vamos comemorar ta viva?...”. E fazíamos mais uma comemoração. Zil partiu. Partiu para o inexplicável. Eu? To aprendendo com isso. Estou chorando também por mim. Aliás, nas últimas horas tenho rido e chorado pela diversidade que tem as lembranças. Nos primeiros momentos da sua partida cheguei a pensar que Pirangi não seria mais uma opção para os finais de semana, nem datas comemorativas. A medida que fui ouvindo os comentários dos outros amigos fui descobrindo que estava pensando egoisticamente errado. Fiquei sabendo que ela tinha revelado o desejo de ficar para sempre em Pirangi quando disse para alguns amigos “...pra quando a banda passar; eu assistir...” Isso foi um dos motivos de risos durante sua despedida. Os mais íntimos entenderam. Temos que admitir, inclusive que a vida continua. Um dia quando passarmos na avenida poderemos até chorar, mas, se for possível, ela irá rir. Por simples alegria. É isso mesmo, o grande segredo de Maria Zil era gostar tanto da alegria. É tanto que no momento mais difícil da sua vida, ela não queria ninguém por perto. Só depois que ela partiu foi que concluí: a questão não era a presença ser indesejável, penso que o que ela queria mesmo era que todos guardassem a imagem alegre de sempre. E é assim que, particularmente, guardarei sua lembrança.


Regina Lucia
Agora, Amiga para sempre.